[DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasolina
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[DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasolina
Pessoal, tenho uma ótima notícia a vocês!
Antes de trocar o óleo do meu Gol 1.8AP 90 - Gasolina, que estava previsto para o mês que vem (janeiro/2018), resolvi enviar uma amostra do óleo usado para análise em laboratório. Nesses 5 meses de uso deste óleo rodei 1924 km.
Pretendo se possível rodar 1 ano ou 5000 km, o que ocorrer primeiro com esse excelente óleo semissintético (Valvoline MaxLife - 20W-50 - API SN). Pois antes eu trocava a cada 3000 km ou 6 meses, o que ocorrer 1º quando usava Mobil Super 20W-50 base mineral.
Porém eu rodo no máximo 5000 km por ano, e meu uso predominante é rodoviário, só uso esse carro aos finais de semana para ir ao mercado a uns 2 km de casa e a cada 15 dias vou para a casa da minha sogra (80 km de casa), sendo desses 80 km uns 70 km são de rodovias e 10 km de avenidas e ruas. Então praticamente 99% do meu percurso é rodoviário e de avenidas com trânsito bom, e ainda o trânsito é brando nos horário que pego estrada.
Assim teoricamente o meu uso é classificado como normal e não uso severo como eu pensava... pois uso severo se aplica a metade do tempo ou da quilometragem do uso normal. E eu estava adotando uso severo trocando a cada 6 meses ou 3000 km, o que ocorrer 1º, mas agora vou testar através da análise em laboratório uso normal: 5000 km ou 1 ano, o que ocorrer 1º. A uns anos atrás eu usava este carro pro dia-a-dia... eram 1 hora e 15 minutos para percorrer 15 km... era uso severo, mas agora é uso normal.
As situações a seguir exemplificam condições de "uso severo" do veículo:
- trânsito freqüente em estradas com alto índice de poeira ou sem pavimentação;
- em trajetos curtos (abaixo de 10 km diários) ou com motor funcionando em temperaturas abaixo do regime considerado ideal;
- trânsito freqüente em baixos regimes de rotação do motor com tráfego intenso, onde o motor permanece um longo período em marcha lenta;
- longos períodos de inatividade.
Então informo a vocês que no resultado da análise o veredito é que o óleo ainda está apto ao uso!
E o Laboratorista do IAPA - Instituto de Avaliações e Perícias Automotivas, Sr. Clayton Anacleto, me recomendou uma nova análise quando o óleo chegar a 5000 km de uso, ou seja, daqui mais 3000 km. E o laboratorista me disse ainda que ficou impressionado com o baixo índice de desgaste do motor apontado na análise do óleo devido ao fato de meu motor estar com 232.000 km, e ainda disse que os aditivos desse óleo estão ainda em um bom nível, ou seja, o óleo está muito bom mesmo após 5 meses de uso.
Segue abaixo os dados da análise do óleo: com relação ao desgaste do motor:
A) Desgaste do motor após 2000 km rodados e 5 meses:
Alumínio - Al (ppm) = 3;
Cromo - Cr (ppm) = 2;
Cobre - Cu (ppm) = 4;
Ferro - Fe (ppm) = 13;
Níquel - Ni (ppm) = 1;
Chumbo - Pb (ppm) = 1.
O grau de desgaste só é possível mensurar através da experiência do Laboratorista de análise de lubrificantes com relação a este tipo de motor, pois cada tipo de motor (marca, modelo, cilindrada, potência, ano de fabricação, relação de marchas, combustível, quilometragem, etc) tem um padrão de desgaste (motor 1.8AP a gasolina desgasta diferente de um 1.6 CHT a gasolina e assim por diante), e ainda existem vários outros fatores que afetam o desgaste do motor como: uso severo, uso normal, modo de dirigir, qualidade do combustível, qualidade do óleo lubrificante, passar do período recomendado de troca do óleo, etc.
E segundo o Laboratorista que fez a análise do óleo do meu motor o desgaste do meu motor foi muito baixo para a quilometragem dele (232.000 km). Ele desconfiou que o motor pudesse ter sido retificado parcialmente ou completamente.
E ainda o Laboratorista me disse que o óleo de um motor exatamente igual ao meu deve ser trocado quando se atingir um dos seguintes limites máximos de desgaste:
Alumínio - Al (ppm) = 10;
Cromo - Cr (ppm) = 5;
Cobre - Cu (ppm) = 30;
Ferro - Fe (ppm) = 75;
Níquel - Ni (ppm) = 5;
Chumbo - Pb (ppm) = 30
Agora saquei porque o desgaste do meu motor foi considerado muito baixo na análise de óleo para um motor de alta quilometragem que ele tem... por volta de 2006 o motor superaqueceu e teve que fazer retífica do cabeçote aos 170.000 km, e no ano de 2010 aos 200.000 km eu mandei trocar as bronzinas e casquilhos dele. E há uns 6 meses atrás medi a compressão nos meus 4 cilindros e deu 160 psi, sendo que o mínimo para ele é de 147 psi e o máximo é de 175 psi (1.8AP gasolina ano 1990).
E outro fator é que eu respeito a velocidade mínima indicada pelo fabricante nas trocas de marcha. Já meu pai pelo contrário queria andar sempre em 5a marcha a 50 km/h na subida, e fazer isso rompe a película de óleo nas bronzinas do motor conforme a reportagem da Revista Quatro Rodas que tenho. No manual do meu carro só é indicado usar a 5a marcha a partir de 55 km/h, e isso na reta!
E li também num livro de Engenharia Mecânica que quanto maior a rotação menor é o desgaste do mancal hidráulico (bronzinas e casquilhos)... por outro lado quando maior a rotação maior é o desgaste dos anéis do pistão, cilindros do motor, comando de válvulas, válvulas, etc, ou seja, "nem 8 e nem 80".
Vejam abaixo a pesquisa que fiz sobre a origem destes elementos químicos:
teor de ferro
Origem: O elemento ferro não é adicionado aos lubrificantes como aditivo. Ele aparece no óleo devido ao desgaste das peças que constituem os motores desses automóveis, tais como, cilindros, pistões, engrenagens, anéis, eixos, bomba de óleo, virabrequim, pontos de apoio, etc.
teor de cobre
Origem: O metal cobre não é adicionado ao óleo lubrificante como aditivo, e a presença deste metal em amostras de óleos lubrificantes usados geralmente ocorre devido ao desgaste de guias de válvula, anéis de pistão, pontos de apoio, etc.
teor de níquel
Origem: O níquel pode ser originado do desgaste de pontos de apoio, válvulas, engrenagens (revestida com esse metal), etc.
teor de chumbo
Origem: O chumbo pode indicar desgaste dos pontos de apoio e mancais. O elemento chumbo faz parte de uma liga metálica chamada Gun Metal, utilizada na fabricação de mancais para veículos automotivos, cuja concentração varia de 1 a 6% em massa.
[/i]
Fonte:
https://www.researchgate.net/profile/Ev ... e-FAAS.pdf
teor de alumínio
Origem: Desgaste de espaçadores, calços, arruelas, mancais, pistões de motores alternativos.
teor de cromo
Origem: Anel e camisa do pistão.
Fonte:
https://repositorio.unesp.br/handle/11449/94523
B) Segue abaixo os contaminantes:
Silício - Si (ppm) = 2;
Boro - B (ppm) = 1.
* Vejam abaixo a pesquisa que fiz sobre a origem destes elementos químicos:
teor de boro
Origem: Vedação hidráulica, refrigerantes
teor de silício
Origem: Poeira
Fonte:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/ ... sAllowed=y
* Conforme descrito acima o limite passado pelo Laboratorista para o Silício é de 20 ppm, devendo o óleo ser trocado se chegar nesse valor.
C) Consumo dos aditivos:
Segundo o Laboratorista o teor de aditivos do óleo ainda está em um bom nível para o que o meu motor necessita.
Obs.: não vou dar aqui o teor dos mesmos devido a ser segredo industrial, pois corro o risco de ser processado pelo fabricante do óleo se revelar dados sigilosos.
Os aditivos de óleo tem a função de proteger contra o desgaste, limpar o motor e etc., mais abaixo há uma melhor explicação sobre a função dos aditivos e quais são os elementos químicos deles. O preço do óleo está ligado aos tipos de aditivos (elemento químico) e quantidade desses aditivos (teor). E outro fator que influi no preço do óleo é o tipo da sua base (mineral, semi-sintético e sintético).
É sabido que os aditivos do óleo são consumidos com o decorrer dos quilômetros ou horas de operação do motor. E até existe de fato a hipótese de com o passar dos meses os aditivos serem também consumidos, pois os especialistas em lubrificação são unânimes que em caso de uso severo o óleo deve ser trocado em 6 meses, rodando ou não, ou a pessoa faz uma análise do óleo lubrificante para ver se mesmo após 6 meses de uso ele ainda está em condições de uso, exatamente como eu fiz.
D) Viscosidade:
óleo novo (sem uso):
Visc. 100 (cSt) = 18,76
*valor declarado na Ficha Técnica do óleo: 18,9
Visc. 40 (cSt) = 170,12
*valor declarado na Ficha Técnica do óleo: 169,8
óleo usado (2000 km rodados):
Visc. 100 (cSt) = 16,15
Visc. 40 (cSt) = 149,49
O laboratorista me disse que a viscosidade do óleo com 2000 km rodados está de acordo com o projeto do meu motor.
Obs.: Para quem não sabe, o manual do proprietário do meu carro (Gol 1.8AP ano 1990) recomenda os óleos 20W-40 e 20W-50. A viscosidade de Gol Quadrado é um assunto polêmico, ela varia conforme o tipo de motor e ano de fabricação. Para esse assunto não ser extenso vejam maiores detalhes de viscosidade no tópico que eu fiz no link abaixo:
Troca de óleo: quando e qual óleo? (Gol Quadrado - G1)
viewtopic.php?f=19&t=35749
E) T.B.N. (mgKOH/g):
óleo novo (sem uso):
T.B.N. (mgKOH/g) = 9,02
*valor declarado na Ficha Técnica do óleo: 8,8
óleo usado (2000 km rodados): = T.B.N. (mgKOH/g) = 6,93
"Total Acid Number - TAN / Total Base Number - TBN
O TAN e TBN, traduzindo, são abreviaturas de número de acidez total e número de basicidade total respectivamente. Os lubrificantes ao reagirem com o oxigênio da atmosfera, e isto ocorre continuamente, produzem produtos que são ácidos na natureza e são produtos de oxidação orgânica. À temperatura ambiente, esta transformação tem pequeno efeito no lubrificante devido ser muito lenta. Mas como é de se esperar, ao elevar esta temperatura a temperaturas de trabalho de um equipamento, esta transformação é bem mais rápida, podendo chegar a níveis altos de ácidos (ANALÍTICA, 2016).
Esta acidez no lubrificante, tende a aumentar sua viscosidade e se deposita como lacas (tipo de goma ou verniz) nas superfícies quentes (TESTOIL, 2016). Os lubrificantes para Motores de Combustão Interna - MCI, estão continuamente expostos aos produtos da combustão, geralmente ácidos que precisam ser neutralizados para não causar a corrosão dos componentes internos do motor. Para isso, os lubrificantes devem possuir em sua formulação aditivos alcalinos que neutralizam esta acidez, principalmente ácidos fortes como o nítrico e o sulfúrico e os ácidos fracos resultantes da oxidação do lubrificante em seu fim de vida. Logo, o TBN de um lubrificante é o quanto este lubrificante tem de aditivos alcalinos para neutralizar estes ácidos (TESTOIL, 2016).
O lubrificante deve ser trocado quando o TBN atingir 2 ou 3 mg KOH/g, uma vez que abaixo destes valores a queda até se esgotar é bem rápido e pode causar danos ao motor (FERNANDES, 2012). Esta reserva alcalina é muito importante para prevenir a corrosão prematura dos componentes do motor (TESTOIL, 2016)".
Fonte:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/ ... sAllowed=y
F) Ponto de Fulgor:
óleo novo (sem uso): = 237
*valor declarado na Ficha Técnica do óleo: 236
óleo usado (2000 km rodados): = 225
Ficha Técnica do óleo Valvoline Max Life 20W-50:
http://www.valvoline.com.br/imagens/Maxlife.pdf
"Ponto de fulgor
É a menor temperatura na qual o lubrificante desprenderá vapores que no ar, ao ser colocado em presença de uma chama, irá se inflamar momentaneamente, formando um lampejo (“flash”) e esta chama logo se apaga (CARRETEIRO e BELMIRO, 2006).
Quanto menor for a temperatura de fulgor de um lubrificante, maior será a possibilidade do lubrificante se vaporizar dentro de um motor quando este estiver quente. O valor mínimo deve ficar em torno de 205ºC, mas se puder ser maior é melhor. Os lubrificantes no mercado têm seu ponto de fulgor entre 180 e 270ºC (MARTINS, 2015)".
Fonte:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/ ... sAllowed=y
G) Água:
óleo novo (sem uso): = 0%
óleo usado (2000 km rodados): = 0%
H) Aparência:
óleo novo (sem uso): = Bom
óleo usado (2000 km rodados): = Escuro
I) Odor:
óleo novo (sem uso): = Caracteristico
óleo usado (2000 km rodados): = Caracteristico
J)Veredito:
Alterações Observadas:
- Nenhuma alteração.
Observação:
- A análise e o diagnostico presentes nesse relatório referem-se à amostra coletada e enviada pelo cliente.
- Os resultados apresentados tem significação restrita e se aplicam a essa respectiva amostra.
- As informações presentes neste diagnóstico somente devem ser reproduzidas por completo e sem alterações.
* Obs.: Não vou publicar aqui o arquivo pdf da análise de óleo do meu carro porque nele tem os teores de aditivos do óleo, que são segredo industrial.
Assim só estou passando parcialmente os dados da análise de óleo a título de curiosidade, de forma alguma estou querendo que meu carro seja tomado como exemplo a ser seguido de troca de óleo, pois cada caso é um caso, e para saber a real situação de cada motor é obrigatório que se faça a análise em laboratório periódica de óleo do motor do seu carro.
Pois são várias variáveis que influem no desgaste do motor e na degradação do óleo, sendo fatalmente apenas um laboratorista que será capaz de dar o veredito de que o óleo ainda está em condições de uso apesar dos quilômetros e tempo de uso do mesmo.
A análise de óleo é a prática do que chamamos manutenção preditiva, com ela se gasta menos do que com a manutenção preventiva, pois na manutenção preditiva se troca a peça ou item na hora certa, sendo que na manutenção preventiva se troca a peça ou item quando o mesmo ainda tem condições de uso, gerando gastos.
Assim se na análise de laboratório de óleo quando ele estiver com 5000 km ou 1 ano, o que ocorrer 1º, o óleo passar neste teste, então ao invés de eu trocar o óleo a cada 6 meses ou 3000 km, passarei trocar no prazo de 5000 km ou 1 ano de uso, o que ocorrer 1º, e então gastarei a metade do valor na troca de óleo (R$ 150,00 a troca de óleo do MaxLife - 4 litros + fitro de óleo).
Por fim, na análise de óleo que fiz foram analisados os seguintes itens:
Análises de Óleos Lubrificantes de Motor
• Aparência: Método: Visual.
Através de comparação do óleo usado, em uma condição padronizada com óleo novo pode-se obter indícios de contaminação.
• Odor:
Indicativo de oxidação, contaminação por combustível, etc.
• Água por Crepitação:
Em uma chapa aquecida a 200 ºC deposita-se algumas gotas de óleo, que irá crepitar em forma de vapor emitindo som.
• Água por Destilação:
Este ensaio é feito para quantificar água, sempre acompanhado do ensaio de água por crepitação.
Consiste em adicionar um solvente ao óleo e aquecê-lo, sendo que este irá separar-se em forma de vapor arrastando a água, passando por um trocador de calor, na qual a água condensará em um recipiente graduado.
• Viscosidade 40°:
É definida como a resistência que um fluido oferece ao escoamento.
O ensaio consiste em passar o óleo com temperatura pré-estabelecida (40 ºC), através de um capilar calibrado com um fluido padrão de viscosidade conhecida e medir o tempo de escoamento.
• Viscosidade 100°:
É definida como a resistência que um fluido oferece ao escoamento.
O ensaio consiste em passar o óleo com temperatura pré-estabelecida (100 ºC), através de um capilar calibrado com um fluido padrão de viscosidade conhecida e medir o tempo de escoamento.
• TBN:
É a massa em miligramas de ácido perclórico, (expressa em termos equivalente de hidróxido de potássio) necessária para neutralizar todas as substâncias que reagem com o produto presente em um grama de óleo.
• Ponto de Fulgor:
É definido como sendo a temperatura na qual o fluido desprende vapores combustíveis.
O método consiste em aquecer o óleo monitorando a temperatura. Uma chama é posta em contato com os vapores desprendidos do óleo até que ocorra um lampejo "flash", neste momento é lida a temperatura.
É um teste largamente utilizado para lubrificantes de motores a combustão interna, pois a queda do ponto de fulgor indica a contaminação do lubrificante pelo combustível.
• Espectroil:
Detecta 19 elementos, entre eles, partículas de metais de desgaste, de contaminação externa e de aditivos.
Este ensaio faz a detecção de partículas de até 10 µ, porém o início do desgaste metálico se dá abaixo desta dimensão.
O processo ganha eficiência quando se tem um número representativo de análises, observando a evolução do desgaste.
• PRATA
• ALUMÍNIO
• BORO
• BÁRIO
• CÁLCIO
• CROMO
• COBRE
• FERRO
• MAGNÉSIO
• MOLIBDÊNIO
• SÓDIO
• NÍQUEL
• FÓSFORO
• CHUMBO
• SILÍCIO
• ESTANHO
• TITÂNIO
• VANÂDIO
• ZINCO
CONCLUSÃO
Assim concluo que devido a todos esses itens citados acima que são verificados em uma análise de óleo, basta o óleo ser reprovado em apenas um desses itens para prejudicar a lubrificação do motor e a sua vida útil, então vejo como é arriscado chutar que tal óleo aguenta 10.000 km... o prudente então seria seguir a risca o que diz o manual do proprietário ou fazer uma análise de óleo para verificar se de fato o óleo ainda está em condições de uso, assim como eu estou fazendo.
Então vou esperar o óleo chegar a 5000 km ou 1 ano de uso, o que ocorrer primeiro, e fazer a última análise de óleo.
Até lá!
Vejam o vídeo abaixo que fiz do óleo coletado para análise em laboratório:
[BBvideo 560,340]https://www.youtube.com/watch?v=NdWvAaNQedo[/BBvideo]
Para quem quiser usar o Valvoline MaxLife, recomendo que antes verifique se o motor tem borra de óleo, pois ele é um óleo muito aditivado... ele é da categotia API SN, o que confere grande carga de aditivação anti-borra (limpeza), pois se tiver borra poderá ocorrer uma limpeza tão grande a ponto de soltar alguma borra e entupir algum canal de lubrificação ou até o pescador da bomba de óleo chegando a fundir o motor. Veja por exemplo abaixo uma questão sobre uso de óleo sintético ou muito aditivado em carro antigo:
"Não é aconselhável usar óleos sintéticos ou lubrificantes muito aditivados em carros mais antigos?
O problema não é a idade do carro, e sim o estado de manutenção do motor. Óleos muito aditivados tendem a soltar todas as impurezas antigas retidas nas galerias de lubrificação, entupindo a bomba. Por outro lado, quanto mais moderno, maior a proteção para o motor".
.
Fonte: Site Tribuna da Bahia
Vejam maiores detalhes de como retirar a borra do motor do carro no tópico abaixo:
http://www.golquadrado.com.br/forum/vie ... =+max+life
Para quem se interessar em fazer uma análise de óleo eu fiz a do meu carro no IAPA - Instituto de Avaliações e Perícias Automotivas.
Por fim para se fazer uma análise de óleo precisa de uma bomba de sucção de óleo compatível com o frasco de coleta do laboratório. O IAPA me indicou um fabricante da referida bomba e saiu bem em conta.
IAPA:
- site: http://www.iapa.com.br
- Telefone: (19) 2105-8500
- e-mail: iapa@iapa.com.br
Vejam no vídeo abaixo a apresentação do IAPA:
[BBvideo 560,340]https://www.youtube.com/watch?v=bM_eG8puMas[/BBvideo]
Abraços,
Antes de trocar o óleo do meu Gol 1.8AP 90 - Gasolina, que estava previsto para o mês que vem (janeiro/2018), resolvi enviar uma amostra do óleo usado para análise em laboratório. Nesses 5 meses de uso deste óleo rodei 1924 km.
Pretendo se possível rodar 1 ano ou 5000 km, o que ocorrer primeiro com esse excelente óleo semissintético (Valvoline MaxLife - 20W-50 - API SN). Pois antes eu trocava a cada 3000 km ou 6 meses, o que ocorrer 1º quando usava Mobil Super 20W-50 base mineral.
Porém eu rodo no máximo 5000 km por ano, e meu uso predominante é rodoviário, só uso esse carro aos finais de semana para ir ao mercado a uns 2 km de casa e a cada 15 dias vou para a casa da minha sogra (80 km de casa), sendo desses 80 km uns 70 km são de rodovias e 10 km de avenidas e ruas. Então praticamente 99% do meu percurso é rodoviário e de avenidas com trânsito bom, e ainda o trânsito é brando nos horário que pego estrada.
Assim teoricamente o meu uso é classificado como normal e não uso severo como eu pensava... pois uso severo se aplica a metade do tempo ou da quilometragem do uso normal. E eu estava adotando uso severo trocando a cada 6 meses ou 3000 km, o que ocorrer 1º, mas agora vou testar através da análise em laboratório uso normal: 5000 km ou 1 ano, o que ocorrer 1º. A uns anos atrás eu usava este carro pro dia-a-dia... eram 1 hora e 15 minutos para percorrer 15 km... era uso severo, mas agora é uso normal.
As situações a seguir exemplificam condições de "uso severo" do veículo:
- trânsito freqüente em estradas com alto índice de poeira ou sem pavimentação;
- em trajetos curtos (abaixo de 10 km diários) ou com motor funcionando em temperaturas abaixo do regime considerado ideal;
- trânsito freqüente em baixos regimes de rotação do motor com tráfego intenso, onde o motor permanece um longo período em marcha lenta;
- longos períodos de inatividade.
Então informo a vocês que no resultado da análise o veredito é que o óleo ainda está apto ao uso!
E o Laboratorista do IAPA - Instituto de Avaliações e Perícias Automotivas, Sr. Clayton Anacleto, me recomendou uma nova análise quando o óleo chegar a 5000 km de uso, ou seja, daqui mais 3000 km. E o laboratorista me disse ainda que ficou impressionado com o baixo índice de desgaste do motor apontado na análise do óleo devido ao fato de meu motor estar com 232.000 km, e ainda disse que os aditivos desse óleo estão ainda em um bom nível, ou seja, o óleo está muito bom mesmo após 5 meses de uso.
Segue abaixo os dados da análise do óleo: com relação ao desgaste do motor:
A) Desgaste do motor após 2000 km rodados e 5 meses:
Alumínio - Al (ppm) = 3;
Cromo - Cr (ppm) = 2;
Cobre - Cu (ppm) = 4;
Ferro - Fe (ppm) = 13;
Níquel - Ni (ppm) = 1;
Chumbo - Pb (ppm) = 1.
O grau de desgaste só é possível mensurar através da experiência do Laboratorista de análise de lubrificantes com relação a este tipo de motor, pois cada tipo de motor (marca, modelo, cilindrada, potência, ano de fabricação, relação de marchas, combustível, quilometragem, etc) tem um padrão de desgaste (motor 1.8AP a gasolina desgasta diferente de um 1.6 CHT a gasolina e assim por diante), e ainda existem vários outros fatores que afetam o desgaste do motor como: uso severo, uso normal, modo de dirigir, qualidade do combustível, qualidade do óleo lubrificante, passar do período recomendado de troca do óleo, etc.
E segundo o Laboratorista que fez a análise do óleo do meu motor o desgaste do meu motor foi muito baixo para a quilometragem dele (232.000 km). Ele desconfiou que o motor pudesse ter sido retificado parcialmente ou completamente.
E ainda o Laboratorista me disse que o óleo de um motor exatamente igual ao meu deve ser trocado quando se atingir um dos seguintes limites máximos de desgaste:
Alumínio - Al (ppm) = 10;
Cromo - Cr (ppm) = 5;
Cobre - Cu (ppm) = 30;
Ferro - Fe (ppm) = 75;
Níquel - Ni (ppm) = 5;
Chumbo - Pb (ppm) = 30
Agora saquei porque o desgaste do meu motor foi considerado muito baixo na análise de óleo para um motor de alta quilometragem que ele tem... por volta de 2006 o motor superaqueceu e teve que fazer retífica do cabeçote aos 170.000 km, e no ano de 2010 aos 200.000 km eu mandei trocar as bronzinas e casquilhos dele. E há uns 6 meses atrás medi a compressão nos meus 4 cilindros e deu 160 psi, sendo que o mínimo para ele é de 147 psi e o máximo é de 175 psi (1.8AP gasolina ano 1990).
E outro fator é que eu respeito a velocidade mínima indicada pelo fabricante nas trocas de marcha. Já meu pai pelo contrário queria andar sempre em 5a marcha a 50 km/h na subida, e fazer isso rompe a película de óleo nas bronzinas do motor conforme a reportagem da Revista Quatro Rodas que tenho. No manual do meu carro só é indicado usar a 5a marcha a partir de 55 km/h, e isso na reta!
E li também num livro de Engenharia Mecânica que quanto maior a rotação menor é o desgaste do mancal hidráulico (bronzinas e casquilhos)... por outro lado quando maior a rotação maior é o desgaste dos anéis do pistão, cilindros do motor, comando de válvulas, válvulas, etc, ou seja, "nem 8 e nem 80".
Vejam abaixo a pesquisa que fiz sobre a origem destes elementos químicos:
teor de ferro
Origem: O elemento ferro não é adicionado aos lubrificantes como aditivo. Ele aparece no óleo devido ao desgaste das peças que constituem os motores desses automóveis, tais como, cilindros, pistões, engrenagens, anéis, eixos, bomba de óleo, virabrequim, pontos de apoio, etc.
teor de cobre
Origem: O metal cobre não é adicionado ao óleo lubrificante como aditivo, e a presença deste metal em amostras de óleos lubrificantes usados geralmente ocorre devido ao desgaste de guias de válvula, anéis de pistão, pontos de apoio, etc.
teor de níquel
Origem: O níquel pode ser originado do desgaste de pontos de apoio, válvulas, engrenagens (revestida com esse metal), etc.
teor de chumbo
Origem: O chumbo pode indicar desgaste dos pontos de apoio e mancais. O elemento chumbo faz parte de uma liga metálica chamada Gun Metal, utilizada na fabricação de mancais para veículos automotivos, cuja concentração varia de 1 a 6% em massa.
[/i]
Fonte:
https://www.researchgate.net/profile/Ev ... e-FAAS.pdf
teor de alumínio
Origem: Desgaste de espaçadores, calços, arruelas, mancais, pistões de motores alternativos.
teor de cromo
Origem: Anel e camisa do pistão.
Fonte:
https://repositorio.unesp.br/handle/11449/94523
B) Segue abaixo os contaminantes:
Silício - Si (ppm) = 2;
Boro - B (ppm) = 1.
* Vejam abaixo a pesquisa que fiz sobre a origem destes elementos químicos:
teor de boro
Origem: Vedação hidráulica, refrigerantes
teor de silício
Origem: Poeira
Fonte:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/ ... sAllowed=y
* Conforme descrito acima o limite passado pelo Laboratorista para o Silício é de 20 ppm, devendo o óleo ser trocado se chegar nesse valor.
C) Consumo dos aditivos:
Segundo o Laboratorista o teor de aditivos do óleo ainda está em um bom nível para o que o meu motor necessita.
Obs.: não vou dar aqui o teor dos mesmos devido a ser segredo industrial, pois corro o risco de ser processado pelo fabricante do óleo se revelar dados sigilosos.
Os aditivos de óleo tem a função de proteger contra o desgaste, limpar o motor e etc., mais abaixo há uma melhor explicação sobre a função dos aditivos e quais são os elementos químicos deles. O preço do óleo está ligado aos tipos de aditivos (elemento químico) e quantidade desses aditivos (teor). E outro fator que influi no preço do óleo é o tipo da sua base (mineral, semi-sintético e sintético).
É sabido que os aditivos do óleo são consumidos com o decorrer dos quilômetros ou horas de operação do motor. E até existe de fato a hipótese de com o passar dos meses os aditivos serem também consumidos, pois os especialistas em lubrificação são unânimes que em caso de uso severo o óleo deve ser trocado em 6 meses, rodando ou não, ou a pessoa faz uma análise do óleo lubrificante para ver se mesmo após 6 meses de uso ele ainda está em condições de uso, exatamente como eu fiz.
D) Viscosidade:
óleo novo (sem uso):
Visc. 100 (cSt) = 18,76
*valor declarado na Ficha Técnica do óleo: 18,9
Visc. 40 (cSt) = 170,12
*valor declarado na Ficha Técnica do óleo: 169,8
óleo usado (2000 km rodados):
Visc. 100 (cSt) = 16,15
Visc. 40 (cSt) = 149,49
O laboratorista me disse que a viscosidade do óleo com 2000 km rodados está de acordo com o projeto do meu motor.
Obs.: Para quem não sabe, o manual do proprietário do meu carro (Gol 1.8AP ano 1990) recomenda os óleos 20W-40 e 20W-50. A viscosidade de Gol Quadrado é um assunto polêmico, ela varia conforme o tipo de motor e ano de fabricação. Para esse assunto não ser extenso vejam maiores detalhes de viscosidade no tópico que eu fiz no link abaixo:
Troca de óleo: quando e qual óleo? (Gol Quadrado - G1)
viewtopic.php?f=19&t=35749
E) T.B.N. (mgKOH/g):
óleo novo (sem uso):
T.B.N. (mgKOH/g) = 9,02
*valor declarado na Ficha Técnica do óleo: 8,8
óleo usado (2000 km rodados): = T.B.N. (mgKOH/g) = 6,93
"Total Acid Number - TAN / Total Base Number - TBN
O TAN e TBN, traduzindo, são abreviaturas de número de acidez total e número de basicidade total respectivamente. Os lubrificantes ao reagirem com o oxigênio da atmosfera, e isto ocorre continuamente, produzem produtos que são ácidos na natureza e são produtos de oxidação orgânica. À temperatura ambiente, esta transformação tem pequeno efeito no lubrificante devido ser muito lenta. Mas como é de se esperar, ao elevar esta temperatura a temperaturas de trabalho de um equipamento, esta transformação é bem mais rápida, podendo chegar a níveis altos de ácidos (ANALÍTICA, 2016).
Esta acidez no lubrificante, tende a aumentar sua viscosidade e se deposita como lacas (tipo de goma ou verniz) nas superfícies quentes (TESTOIL, 2016). Os lubrificantes para Motores de Combustão Interna - MCI, estão continuamente expostos aos produtos da combustão, geralmente ácidos que precisam ser neutralizados para não causar a corrosão dos componentes internos do motor. Para isso, os lubrificantes devem possuir em sua formulação aditivos alcalinos que neutralizam esta acidez, principalmente ácidos fortes como o nítrico e o sulfúrico e os ácidos fracos resultantes da oxidação do lubrificante em seu fim de vida. Logo, o TBN de um lubrificante é o quanto este lubrificante tem de aditivos alcalinos para neutralizar estes ácidos (TESTOIL, 2016).
O lubrificante deve ser trocado quando o TBN atingir 2 ou 3 mg KOH/g, uma vez que abaixo destes valores a queda até se esgotar é bem rápido e pode causar danos ao motor (FERNANDES, 2012). Esta reserva alcalina é muito importante para prevenir a corrosão prematura dos componentes do motor (TESTOIL, 2016)".
Fonte:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/ ... sAllowed=y
F) Ponto de Fulgor:
óleo novo (sem uso): = 237
*valor declarado na Ficha Técnica do óleo: 236
óleo usado (2000 km rodados): = 225
Ficha Técnica do óleo Valvoline Max Life 20W-50:
http://www.valvoline.com.br/imagens/Maxlife.pdf
"Ponto de fulgor
É a menor temperatura na qual o lubrificante desprenderá vapores que no ar, ao ser colocado em presença de uma chama, irá se inflamar momentaneamente, formando um lampejo (“flash”) e esta chama logo se apaga (CARRETEIRO e BELMIRO, 2006).
Quanto menor for a temperatura de fulgor de um lubrificante, maior será a possibilidade do lubrificante se vaporizar dentro de um motor quando este estiver quente. O valor mínimo deve ficar em torno de 205ºC, mas se puder ser maior é melhor. Os lubrificantes no mercado têm seu ponto de fulgor entre 180 e 270ºC (MARTINS, 2015)".
Fonte:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/ ... sAllowed=y
G) Água:
óleo novo (sem uso): = 0%
óleo usado (2000 km rodados): = 0%
H) Aparência:
óleo novo (sem uso): = Bom
óleo usado (2000 km rodados): = Escuro
I) Odor:
óleo novo (sem uso): = Caracteristico
óleo usado (2000 km rodados): = Caracteristico
J)Veredito:
Alterações Observadas:
- Nenhuma alteração.
Observação:
- A análise e o diagnostico presentes nesse relatório referem-se à amostra coletada e enviada pelo cliente.
- Os resultados apresentados tem significação restrita e se aplicam a essa respectiva amostra.
- As informações presentes neste diagnóstico somente devem ser reproduzidas por completo e sem alterações.
* Obs.: Não vou publicar aqui o arquivo pdf da análise de óleo do meu carro porque nele tem os teores de aditivos do óleo, que são segredo industrial.
Assim só estou passando parcialmente os dados da análise de óleo a título de curiosidade, de forma alguma estou querendo que meu carro seja tomado como exemplo a ser seguido de troca de óleo, pois cada caso é um caso, e para saber a real situação de cada motor é obrigatório que se faça a análise em laboratório periódica de óleo do motor do seu carro.
Pois são várias variáveis que influem no desgaste do motor e na degradação do óleo, sendo fatalmente apenas um laboratorista que será capaz de dar o veredito de que o óleo ainda está em condições de uso apesar dos quilômetros e tempo de uso do mesmo.
A análise de óleo é a prática do que chamamos manutenção preditiva, com ela se gasta menos do que com a manutenção preventiva, pois na manutenção preditiva se troca a peça ou item na hora certa, sendo que na manutenção preventiva se troca a peça ou item quando o mesmo ainda tem condições de uso, gerando gastos.
Assim se na análise de laboratório de óleo quando ele estiver com 5000 km ou 1 ano, o que ocorrer 1º, o óleo passar neste teste, então ao invés de eu trocar o óleo a cada 6 meses ou 3000 km, passarei trocar no prazo de 5000 km ou 1 ano de uso, o que ocorrer 1º, e então gastarei a metade do valor na troca de óleo (R$ 150,00 a troca de óleo do MaxLife - 4 litros + fitro de óleo).
Por fim, na análise de óleo que fiz foram analisados os seguintes itens:
Análises de Óleos Lubrificantes de Motor
• Aparência: Método: Visual.
Através de comparação do óleo usado, em uma condição padronizada com óleo novo pode-se obter indícios de contaminação.
• Odor:
Indicativo de oxidação, contaminação por combustível, etc.
• Água por Crepitação:
Em uma chapa aquecida a 200 ºC deposita-se algumas gotas de óleo, que irá crepitar em forma de vapor emitindo som.
• Água por Destilação:
Este ensaio é feito para quantificar água, sempre acompanhado do ensaio de água por crepitação.
Consiste em adicionar um solvente ao óleo e aquecê-lo, sendo que este irá separar-se em forma de vapor arrastando a água, passando por um trocador de calor, na qual a água condensará em um recipiente graduado.
• Viscosidade 40°:
É definida como a resistência que um fluido oferece ao escoamento.
O ensaio consiste em passar o óleo com temperatura pré-estabelecida (40 ºC), através de um capilar calibrado com um fluido padrão de viscosidade conhecida e medir o tempo de escoamento.
• Viscosidade 100°:
É definida como a resistência que um fluido oferece ao escoamento.
O ensaio consiste em passar o óleo com temperatura pré-estabelecida (100 ºC), através de um capilar calibrado com um fluido padrão de viscosidade conhecida e medir o tempo de escoamento.
• TBN:
É a massa em miligramas de ácido perclórico, (expressa em termos equivalente de hidróxido de potássio) necessária para neutralizar todas as substâncias que reagem com o produto presente em um grama de óleo.
• Ponto de Fulgor:
É definido como sendo a temperatura na qual o fluido desprende vapores combustíveis.
O método consiste em aquecer o óleo monitorando a temperatura. Uma chama é posta em contato com os vapores desprendidos do óleo até que ocorra um lampejo "flash", neste momento é lida a temperatura.
É um teste largamente utilizado para lubrificantes de motores a combustão interna, pois a queda do ponto de fulgor indica a contaminação do lubrificante pelo combustível.
• Espectroil:
Detecta 19 elementos, entre eles, partículas de metais de desgaste, de contaminação externa e de aditivos.
Este ensaio faz a detecção de partículas de até 10 µ, porém o início do desgaste metálico se dá abaixo desta dimensão.
O processo ganha eficiência quando se tem um número representativo de análises, observando a evolução do desgaste.
• PRATA
• ALUMÍNIO
• BORO
• BÁRIO
• CÁLCIO
• CROMO
• COBRE
• FERRO
• MAGNÉSIO
• MOLIBDÊNIO
• SÓDIO
• NÍQUEL
• FÓSFORO
• CHUMBO
• SILÍCIO
• ESTANHO
• TITÂNIO
• VANÂDIO
• ZINCO
CONCLUSÃO
Assim concluo que devido a todos esses itens citados acima que são verificados em uma análise de óleo, basta o óleo ser reprovado em apenas um desses itens para prejudicar a lubrificação do motor e a sua vida útil, então vejo como é arriscado chutar que tal óleo aguenta 10.000 km... o prudente então seria seguir a risca o que diz o manual do proprietário ou fazer uma análise de óleo para verificar se de fato o óleo ainda está em condições de uso, assim como eu estou fazendo.
Então vou esperar o óleo chegar a 5000 km ou 1 ano de uso, o que ocorrer primeiro, e fazer a última análise de óleo.
Até lá!
Vejam o vídeo abaixo que fiz do óleo coletado para análise em laboratório:
[BBvideo 560,340]https://www.youtube.com/watch?v=NdWvAaNQedo[/BBvideo]
Para quem quiser usar o Valvoline MaxLife, recomendo que antes verifique se o motor tem borra de óleo, pois ele é um óleo muito aditivado... ele é da categotia API SN, o que confere grande carga de aditivação anti-borra (limpeza), pois se tiver borra poderá ocorrer uma limpeza tão grande a ponto de soltar alguma borra e entupir algum canal de lubrificação ou até o pescador da bomba de óleo chegando a fundir o motor. Veja por exemplo abaixo uma questão sobre uso de óleo sintético ou muito aditivado em carro antigo:
"Não é aconselhável usar óleos sintéticos ou lubrificantes muito aditivados em carros mais antigos?
O problema não é a idade do carro, e sim o estado de manutenção do motor. Óleos muito aditivados tendem a soltar todas as impurezas antigas retidas nas galerias de lubrificação, entupindo a bomba. Por outro lado, quanto mais moderno, maior a proteção para o motor".
.
Fonte: Site Tribuna da Bahia
Vejam maiores detalhes de como retirar a borra do motor do carro no tópico abaixo:
http://www.golquadrado.com.br/forum/vie ... =+max+life
Para quem se interessar em fazer uma análise de óleo eu fiz a do meu carro no IAPA - Instituto de Avaliações e Perícias Automotivas.
Por fim para se fazer uma análise de óleo precisa de uma bomba de sucção de óleo compatível com o frasco de coleta do laboratório. O IAPA me indicou um fabricante da referida bomba e saiu bem em conta.
IAPA:
- site: http://www.iapa.com.br
- Telefone: (19) 2105-8500
- e-mail: iapa@iapa.com.br
Vejam no vídeo abaixo a apresentação do IAPA:
[BBvideo 560,340]https://www.youtube.com/watch?v=bM_eG8puMas[/BBvideo]
Abraços,
Editado pela última vez por Rodox em 12 Jun 2018, 15:56, em um total de 115 vezes.
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Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Óleo 20w50 semissintético !
Deve ser muito bom mesmo um óleo desses, porque hoje em dia 95% dos 20w50 são minerais, nunca vi pessoalmente um 20w50 semissintético.
Deve ser muito bom mesmo um óleo desses, porque hoje em dia 95% dos 20w50 são minerais, nunca vi pessoalmente um 20w50 semissintético.
Gol Bola CLi : http://www.golquadrado.com.br/forum/vie ... =4&t=39531
Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
E é bom mesmo! E eu notei que com esse óleo o meu motor ficou mais macio, e quando o motor está esquentando o motor já parece que já está quente... fica suave. E a compressão dos cilindros do meu motor aumentou 10 psi em cada cilindro com esse óleo.João Victor AP escreveu:Óleo 20w50 semissintético !
Deve ser muito bom mesmo um óleo desses, porque hoje em dia 95% dos 20w50 são minerais, nunca vi pessoalmente um 20w50 semissintético.
Rodox
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Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Maravilha heim Rodox, parabéns pelo diagnóstico! Inclusive ainda estou usando aquele Mobil com api sn, mas para a próxima troca vou pro Valvoline tbRodox escreveu:E é bom mesmo! E eu notei que com esse óleo o meu motor ficou mais macio, e quando o motor está esquentando o motor já parece que já está quente... fica suave. E a compressão dos cilindros do meu motor aumentou 10 psi em cada cilindro com esse óleo.João Victor AP escreveu:Óleo 20w50 semissintético !
Deve ser muito bom mesmo um óleo desses, porque hoje em dia 95% dos 20w50 são minerais, nunca vi pessoalmente um 20w50 semissintético.
Flw
Abçs
No meu verde sigo em frente!!!
Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Muito obrigado, Ricardo!Ricardo RCR escreveu:Maravilha heim Rodox, parabéns pelo diagnóstico! Inclusive ainda estou usando aquele Mobil com api sn, mas para a próxima troca vou pro Valvoline tbRodox escreveu:E é bom mesmo! E eu notei que com esse óleo o meu motor ficou mais macio, e quando o motor está esquentando o motor já parece que já está quente... fica suave. E a compressão dos cilindros do meu motor aumentou 10 psi em cada cilindro com esse óleo.João Victor AP escreveu:Óleo 20w50 semissintético !
Deve ser muito bom mesmo um óleo desses, porque hoje em dia 95% dos 20w50 são minerais, nunca vi pessoalmente um 20w50 semissintético.
Flw
Abçs
Abraços,
Rodox
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Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Jjjjnjjjjjjn
Editado pela última vez por Rodox em 08 Dez 2017, 16:35, em um total de 3 vezes.
Rodox
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Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
pessoal,
Vejam o vídeo abaixo que fiz do óleo coletado para análise em laboratório:
[BBvideo 560,340]https://www.youtube.com/watch?v=NdWvAaNQedo[/BBvideo]
Abraços,
Vejam o vídeo abaixo que fiz do óleo coletado para análise em laboratório:
[BBvideo 560,340]https://www.youtube.com/watch?v=NdWvAaNQedo[/BBvideo]
Abraços,
Editado pela última vez por Rodox em 08 Dez 2017, 19:51, em um total de 2 vezes.
Rodox
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Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Pesquisando na internet encontrei uma relação entre elementos químicos e desgaste:
Tabela 2 - página 60 do link abaixo:
http://bd.centro.iff.edu.br/bitstream/1 ... ICANTE.pdf
Teor de zinco
O metal zinco é adicionado ao óleo lubrificante na forma de dialquilditiofosfato de zinco (ZnDDP) como aditivo multifuncional, desempenhando as funções antioxidante, inibidor de corrosão, antidesgaste, detergente e extrema-pressão. Portanto, o óleo lubrificante contém uma quantidade razoável de zinco como um complexo organometálico.
Tabela 2 - página 60 do link abaixo:
http://bd.centro.iff.edu.br/bitstream/1 ... ICANTE.pdf
Teor de zinco
O metal zinco é adicionado ao óleo lubrificante na forma de dialquilditiofosfato de zinco (ZnDDP) como aditivo multifuncional, desempenhando as funções antioxidante, inibidor de corrosão, antidesgaste, detergente e extrema-pressão. Portanto, o óleo lubrificante contém uma quantidade razoável de zinco como um complexo organometálico.
Editado pela última vez por Rodox em 08 Dez 2017, 19:29, em um total de 1 vez.
Rodox
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Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Muito boa a informaçao Rodox! Vlw
Estudar e investir, em voce mesmo
Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Muito obrigado, Meison!meison escreveu:Muito boa a informaçao Rodox! Vlw
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Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Então é muito bom mesmo !Rodox escreveu:E é bom mesmo! E eu notei que com esse óleo o meu motor ficou mais macio, e quando o motor está esquentando o motor já parece que já está quente... fica suave. E a compressão dos cilindros do meu motor aumentou 10 psi em cada cilindro com esse óleo.
Gol Bola CLi : http://www.golquadrado.com.br/forum/vie ... =4&t=39531
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Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Muito bom Rodox! Show de bola ter compartilhado com a galera ai. Eu comprei o Valvoline Maxlife mas ainda não coloquei no carro. Estou rodando com o Petronas por enquanto porque não achei mais do Mobil SM. Pelo menos o Petronas está sendo melhor que o Lubrax e aquela gonorreia do Castrol. Quando eu experimentar o Valvoline aqui eu te falo o que achei.
Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Muito obrigado, André!Andre Reis escreveu:Muito bom Rodox! Show de bola ter compartilhado com a galera ai. Eu comprei o Valvoline Maxlife mas ainda não coloquei no carro. Estou rodando com o Petronas por enquanto porque não achei mais do Mobil SM. Pelo menos o Petronas está sendo melhor que o Lubrax e aquela gonorreia do Castrol. Quando eu experimentar o Valvoline aqui eu te falo o que achei.
A sua previsão de troca de óleo é pra quando?
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Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Estou pensando em trocar em breve, vou rodar mais uns 1000 km e colocar o Valvoline. Não sei ainda se vou adicionar Millitec junto com ele.
Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Você já usou Miltec alguma vez?Andre Reis escreveu:Estou pensando em trocar em breve, vou rodar mais uns 1000 km e colocar o Valvoline. Não sei ainda se vou adicionar Millitec junto com ele.
Se eu fosse você primeiro rodaria 1 mês com somente o MaxLife, e depois disso adicionaria o Militec, então você teria a noção se esse óleo é bom mesmo.
Então se você por exemplo usa o óleo Mobil Super 20W-50 junto com Militec, então terá a real noção do que é usar somente Max Life 20W-50 e ainda depois de 1 mês terá noção do que é Max Life 20W-50 junto com Militec.
Mas já adianto pra você que eu não teria coragem de testar o Militec no meu carro... vai que zoa
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Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Andre Reis escreveu:Estou pensando em trocar em breve, vou rodar mais uns 1000 km e colocar o Valvoline. Não sei ainda se vou adicionar Millitec junto com ele.
Millitec eu acho meio complicado/arriscado de usar, pois há o risco de limpar taaaaaaaaanto q até suje o pescador e etc...
No meu verde sigo em frente!!!
Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Somos dois então!Ricardo RCR escreveu:Andre Reis escreveu:Estou pensando em trocar em breve, vou rodar mais uns 1000 km e colocar o Valvoline. Não sei ainda se vou adicionar Millitec junto com ele.
Millitec eu acho meio complicado/arriscado de usar, pois há o risco de limpar taaaaaaaaanto q até suje o pescador e etc...
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Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Sim... Essa questão do Millitec é igual aquela questão (polêmica tb) sobre o aditivo na água, pois pra quem nunca usou vai "aparecer" um monte de vazamento depois do 1º usoRodox escreveu:Somos dois então!Ricardo RCR escreveu:Andre Reis escreveu:Estou pensando em trocar em breve, vou rodar mais uns 1000 km e colocar o Valvoline. Não sei ainda se vou adicionar Millitec junto com ele.
Millitec eu acho meio complicado/arriscado de usar, pois há o risco de limpar taaaaaaaaanto q até suje o pescador e etc...
No meu verde sigo em frente!!!
Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Meu carro nunca usou aditivo desde que era do meu pai... isso em 1997.Ricardo RCR escreveu:
Somos dois então!
Sim... Essa questão do Millitec é igual aquela questão (polêmica tb) sobre o aditivo na água, pois pra quem nunca usou vai "aparecer" um monte de vazamento depois do 1º uso
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Re: [DICA] Fiz uma análise do óleo do meu motor 1.8AP gasoli
Então parece que o óleo é bom mesmo!
Teriamos como fazer esse teste usando os mais diversos tipos de óleo.
Poderiamos aproveitar o motor do Gol do Rodox.
Teriamos como fazer esse teste usando os mais diversos tipos de óleo.
Poderiamos aproveitar o motor do Gol do Rodox.
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http://www.golquadrado.com.br/forum/vie ... =4&t=21571